O turismo brasileiro na temporada 2023/2024 alcançou um marco significativo em receitas, registrando o maior volume em uma década, totalizando R$ 162,2 bilhões, conforme dados compilados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Este valor superou apenas o registrado na temporada de 2013/2014, que alcançou R$ 165,2 bilhões. Os gastos englobam uma variedade de setores, desde hospedagem e alimentação até serviços culturais e transporte.
Segundo José Roberto Tadros, presidente da CNC, esse desempenho evidencia o potencial econômico do turismo nacional. Ele ressalta um estudo da Confederação que indica que cada aumento de 1% no Valor Adicionado pelo turismo resulta em um acréscimo de 0,9% no PIB brasileiro, equivalente a R$ 3,9 bilhões.
Esse dado reforça a importância do setor como um motor de desenvolvimento socioeconômico, destacando a necessidade de políticas públicas voltadas para sua melhoria, incluindo questões como a infraestrutura aérea na Região Norte.
Recentemente, o Senado aprovou o projeto de lei que limita os incentivos fiscais do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) em R$ 15 bilhões. Tadros enfatiza que a manutenção desse programa é essencial para o turismo, podendo injetar até R$ 244 bilhões na economia anualmente, beneficiando o setor e contribuindo para a geração de empregos e renda em todo o país.
Panorama do Turismo
No âmbito do Panorama do Turismo, divulgado pela CNC, destaca-se o desempenho do setor em fevereiro, com receitas atingindo R$ 36,01 bilhões, o melhor resultado para o mês desde 2016.
Apesar dos desafios, como o aumento dos preços de serviços como passagens aéreas e hospedagens, o turismo apresenta perspectivas positivas para 2024, com previsão de crescimento na ordem de 2%.
Além disso, houve um aumento significativo nas contratações efetivas em fevereiro, totalizando cerca de 24 mil novos empregos, especialmente nos segmentos de bares e restaurantes, que registraram um aumento de 6% em relação ao ano anterior. Com um total de 3,38 milhões de trabalhadores formalmente empregados no setor, a CNC estima a criação de mais de 154 mil novas vagas em 2024.
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