Ismail Haniyeh, chefe político do Hamas, foi morto por detonação de uma bomba escondida em uma base militar em Teerã, no Irã, e não por ataque aéreo, segundo investigação do jornal norte-americano The New York Times, divulgada nesta quinta-feira (1º/8).
O líder do grupo terrorista foi assassinado nessa quarta-feira (31/7), durante passagem pelo Irã para a posse do novo presidente do país.
Tanto o Irã quanto o Hamas acusam Israel pela morte do líder. A autoria do atentado, no entanto, não foi reivindicada.
Bomba escondida
Segundo o The New York Times, a bomba que matou Haniyeh foi plantada dentro de residência militar, em Teerã, há dois meses, local onde o chefe do Hamas estava hospedado.
De acordo com a reportagem do jornal, a informação foi confirmada por sete autoridades de países do Oriente Médio, incluindo dois iranianos e um norte-americano. Além de Hanyieh, o guarda-costas dele morreu.
A residência localizada no norte de Teerã é parte das instalações da Guarda Revolucionária do Irã, a força mais poderosa do Exército iraniano, responsável por proteger autoridades e monitorar protestos.
Diplomata do Hamas
Haniyeh, que morava no Catar e também atuava como uma espécie de diplomata do Hamas, havia se hospedado várias vezes na propriedade, conforme relataram autoridades ao jornal norte-americano.
Na quarta-feira (31), a mídia estatal iraniana afirmou que a morte foi resultado de um ataque aéreo. De acordo com fontes ouvidas pelo The New York Times, autoridades iranianas sabiam que a causa da morte havia sido uma explosão de bomba, mas optaram por não divulgar essa informação para evitar demonstrar vulnerabilidade na segurança do país.
Nas redes sociais, foram compartilhadas imagens que mostravam a fachada parcialmente destruída da residência. A explosão teria causado o colapso parcial da fachada, exatamente no quarto onde Haniyeh estava hospedado, segundo relatos locais.
Fonte: Metrópoles
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